O carro fica no estacionamento e seguimos para a entrada. Há muita gente. Mas a entrada é tranqüila, não há nem dez pessoas na fila. As luzes chamam a atenção de quem está indo ao local pela primeira vez.
Somos um pequeno grupo de cinco amigos. Enquanto os meninos avisam sobre a péssima acústica do Pepsi (On Stage), as meninas estão mais empolgadas com a magia do show, a idéia de ver no palco aqueles que são alguns dos principais autores da trilha sonora de nossas vidas.
Telões e monitores por todos os lados iluminam o lugar. Clipes, cores e sons preenchem o espaço, que também se enche de fãs. São adolescentes, jovens e também uma notável parcela de público já não tão jovem. Gente que viu os Titãs e Os Paralamas do Sucesso nascerem num Brasil lá do começo dos anos 80.
O show começa com atraso. Tudo bem. Era esperado, e foi melhor assim, pois permitiu um lanche ali mesmo, no bar da casa de shows. A fome era grande e o cheeseburger quentinho veio a calhar. Nada de filas eternas, com bom atendimento e ótima companhia. Perfeito. Agora vamos correr, que os caras estão pegando os instrumentos.
No palco toca Diversão. Caramba, são muitos músicos! É muita gente pra dividir um espaço que também é ocupado pelos instrumentos. E duas baterias que provocam muitos erros e confusões. Mas tudo bem! As meninas concordam que as luzes estão mal projetadas e muitas vezes ofuscam, mas o show é bonito. Agrada ver Herbert Vianna, Sérgio Britto e Paulo Miklos cantando, todos juntos.
“Por que você não olha pra mim? Ô, ô... Me diz o que e que eu tenho de mal, ô, ô...”
Ah, como eu queria os óculos escuros do Branco Mello! Luzes brancas e amarelas viram a toda hora em direção ao público; não há como não reparar. Mas a animação é grande, as músicas são as mais clássicas e tem uma galera dançando em volta. São mais que duas bandas. É um grande grupo de amigos que se reuniu pra tocar e comemorar 25 anos de sucesso. Com eles, convidados mais que especiais: Andreas Kisser (guitarrista do Sepultura), Arnaldo Antunes (ex-Titã) e Fito Paez (cantor e compositor argentino). No final, todos juntos, cantando, tocando e lotando o palco.
“Nas favelas, no Senado, sujeira pra todo lado... Ninguém respeita a constituição...”
E termina o show. Com uma música da Legião Urbana, não planejada e muito provavelmente não ensaiada. Mas que agradou a muitos. Com tranqüilidade o Pepsi vai ficando vazio. E a gente vai embora. Cansados, felizes, com zunidos nos ouvidos. O saldo final é positivo. Foi um grande show!
‘Bora’ pra casa?
Vanessa Reis
2 comentários:
Oi, Vanessa!
Tenho uma sugestão: como as linhas do texto são azuis, e a fonte também, às vezes a leitura fica prejudicada. Você pensou em testar outra cor de fonte? Sei que o azul é mais bacana porque é da cor da caneta, mas não custa testar...
Abs!
Laura
Oi, que show maravilhoso! gostei so de ler, mas como voce descreveu foi um show!!! Parabens!
bjus
Tania
Postar um comentário